Ainda bem que não podemos alargar as nossas avenidas!
Discordo. Ainda BEM que não podemos alargar as antigas avenidas!
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Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas
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Discordo. Ainda BEM que não podemos alargar as antigas avenidas!
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Nota: post longo e polémico
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Há muitas coisas que aconteceram na Carris nos últimos anos, das quais eu discordo frontalmente. A cobertura foi drasticamente reduzida (sob o eufemismo dos "reajustamentos locais" e "modernização da rede") sem que os recursos libertados tenham sido usados para aumentar a frequência das carreiras que se mantiveram; foram gastos recursos em projectos que, apesar de válidos, só fariam sentido se o serviço de base fosse aceitável, e que assim acabam por ser luxos como o mob CarSharing, a wi-fi nos autocarros, etc.; este blog foi vergonhosamente plagiado pelo Menos Um Carro, a Cópia (com o qual não temos qualquer ligação); etc. Contudo há que reconhecer que houve uma boa gestão da empresa, e que esta está hoje bem mais virada para os clientes do que há uns anos. Um bom exemplo é o serviço de SMS/e-mails que indicam em tempo real, o tempo de espera dos autocarros.
O presidente da Carris, Silva Rodrigues, é alguém que partilha a nossa visão sobre a mobilidade urbana: o automóvel tem de ser discriminado negativamente, e sem isso nem vale a pena falar em melhorias dos transportes públicos. É por isso que a sua nomeação para dirigir a nova empresa de transportes públicos de Lisboa (Carris e Metro vão finalmente ser fundidas, e bem) é uma boa notícia.
Recordo aqui algumas declarações de Silva Rodrigues:
"O congestionamento automóvel permanente penaliza gravemente a qualidade de vida e a competitividade da cidade"
A autarquia da capital, que "tem de assegurar transportes colectivos de qualidade" e deixar de planear a cidade para o automóvel.
Limitar, tornar mais caro e sobretudo fiscalizar o estacionamento são as medidas que a câmara deveria tomar (...) "O estacionamento não pode continuar a ser feito da forma que o fazemos em Lisboa, sem regras claras e sem uma política rigorosa" (...) "Aumentar o espaço de estacionamento na cidade é andar ao contrário do que deve ser feito. É relativamente fácil gerir esta variável e, se na AML não a gerimos adequadamente, então na cidade não a gerimos de todo: é só ver as segundas filas, os passeios cheios de carros, a falta de fiscalização e o sentimento de impunidade generalizado dos cidadãos"
"Dizem que querem uma cidade descongestionada e depois anunciam novos parques no centro da cidade. Qual a coerência deste modelo?"
Faixas BUS: "Se estiver parado nos sinais e vir os autocarros a avançar, se calhar até penso mudar de meio de transporte"
"A nossa frota anda uma média de 14,5 quilómetros por hora. Se nos deixassem andar a mais um quilómetro pouparíamos cinco milhões de euros por ano."
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A recomendação de hoje tem a ver com transportes públicos e bicicletas, como é que a Holanda os conjuga:
(obrigado Dário)
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Agora que o passe para Lisboa vai incluir também os comboios da CP (altamente subaproveitados o que toca a deslocações dentro da cidade), deixo aqui o mapa das "novas linhas", os horários, e o número de comboios por hora:
Horário da linha Azambuja/Sintra:
Oriente-Sta Apolónia: 2 comboios por hora
Oriente-Areeiro-Entrecampos-Sete Rios: 8 comboios por hora
Oriente-Areeiro-Entrecampos-Sete Rios-Campolide-Alcântara: 2
Oriente-Areeiro-Entrecampos-Sete Rios-Benfica-Damaia: 6
Rossio-Campolide-Benfica-Damaia: 4 comboios por hora
Cais Sodré-Alcântara-Algés: 6 comboios por hora
(metade param em Santos e Belém)
Alguns trajectos têm uma frequência baixa, mas passam sempre à mesma por isso é fácil utilizá-las.
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Depois de um post chato, um vídeo do Daily Show a ridicularizar a incapacidade histórica de acabarmos com a nossa dependência do petróleo:
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Depois de várias más notícias sobre os planos do governo para os transportes públicos de Lisboa, uma melhor. O Público diz que vai ser criado um passe único para Lisboa, o que finalmente incluirá a CP (operador público!!) e outros operadores. A CP tem várias linhas ferroviárias dentro de Lisboa, que estão completamente sub-aproveitadas por estarem desintegradas da rede do metro, especialmente em termos de bilhética: têm passes, bilhetes e preços diferentes.
O mapa acima indica o real mapa ferroviário de Lisboa, mas ninguém tem isto na cabeça. Há uma linha que faz Alcântara - Campolide - Sete-Rios - Entrecampos - Areeiro - Chelas - Oriente, onde só se vê passageiros com partida ou destino no subúrbio. Uma linha que cruza a cidade, não é usada para deslocações na cidade, por má gestão.
Parabéns ao governo se a medida se concretizar.
Quanto à reestruturação das carreiras, concretiza-se o que já se esperava. Depois de um grupo de trabalho ter feito o papel de bad cop, propondo acabar com dezenas de linhas de autocarro e barco, agora o governo aparece como salvador da Pátria, cortando apenas parte. Basta ler a imprensa para ver como muita gente caiu que nem uns patinhos. Não deixa de ser má notícia.
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A ler, The Death of the Fringe Suburb no NYT (via), sobre a morte desse expoente máximo da cultura automóvel norte-americana, os subúrbios de baixíssima densidade onde todas as deslocações são feitas de carro.
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Os transportes públicos de Lisboa e Porto, e todo o serviço nacional da CP, vão estar em greve em grande parte do dia de amanhã.
Sou das poucas pessoas no país que gosta destes dias: nada melhor que um dia sem transportes públicos, e portanto com um trânsito infernal, para mostrar como seriam as nossas cidades se fossemos ainda mais brandos com o automóvel.
Quem defende mais estacionamento ou estacionamento mais barato, combustíveis mais baratos, auto-estradas urbanas sem portagens, mais espaço e mais infra-estruturas (túneis, pontes e AEs) para a circulação automóvel, etc.; quem critica a diferenciação positiva entre transportes públicos e automóvel, o apoio aos meios de transporte suaves (peão e bicicleta), os investimentos públicos em infra-estruturas de transportes, as faixas BUS, as ruas cortadas ao automóvel, etc. está no fundo a propor-nos que o dia de amanhã não seja a excepção, mas a regra.
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A recomendação de hoje é um post do Lisbon Cycle Chic que dá esperança no futuro, fotos de uma escola de Lisboa:
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E Diário Económico tem uma notícia assustadora:
O governo quer acabar com 15 carreiras da Carris (a juntar a outras tantas que foram encerradas nos últimos anos), fechar o metro dentro de Lisboa às 23:00 e fora do centro às 21:30(!!), acabar a ligação fluvial à Trafaria (deixa de ser possível ir de bicicleta de Lisboa para a Caparica), etc.
Faltando financiamento nos transportes, o governo vira-se para os mais fracos e corta-lhes o serviço. Há várias perguntas que continuam por responder:
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A ler:
Via ASPO-Portugal, cheguei a este estudo sobre o preço do petróleo nos últimos anos. Os autores mostram, tal como eu várias vezes argumentei, que os preços altos do petróleo nos últimos anos têm razão de ser (procura crescente e diminuição da produção) e não são resultado de especulação esporádica.
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Esta ideia que a mobilidade a eletricidade é algo do futuro choca com esta importante infeméride: foi há 110 anos que circulou o primeiro elétrico em Lisboa.
Uma ideia que era do futuro, e ainda é hoje, é ter a mobilidade urbana baseada em transportes públicos.
Infelizmente, hoje e contrariando a Europa mais desenvolvida, é visto entre nós como algo do passado.
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E para nos lembrar que o carro é um meio de transporte ineficiente na cidade onde o espaço é limitado, há sempre estes belos parques de bicicletas para mostrar o exagerado espaço que o carro ocupa:
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1. Uma amiga estrangeira a visitar Lisboa, ficou numa casa de uma colega, que mora a "10 minutos a pé do Colombo" (para quem não sabe, o Colombo tem uma estação de metro). O facto de a colega portuguesa trabalhar no Saldanha, a apenas 5+1 estações de metro de distância, e usar exclusivamente o carro, já deixava adivinhar o que vinha.
Pouco depois de combinar um café na Baixa, ela volta a ligar aflita a perguntar se eu tinha carro. Não tendo eu carro, ela não poderia ir ter à Baixa por falta de tempo. É que a portuguesa carro-dependente lhe garantiu que de Benfica à Baixa era uma hora de transportes públicos! (São 10 paragens de metro, na mesma linha, 14 minutos segundo o Google Maps).
É impressionante como tanta gente faz um esforço intelectual para se convencer que o automóvel é a única alternativa.
2. Uma leitora conta que ao comprar um telemóvel, perguntou a opinião ao vendedor. O vendedor disse-lhe que muita gente se queixava dos telemóveis com ecrã tátil em vez de teclado, porque demoravam mais tempo a escrever mensagens quando guiavam.........
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O A Nossa Terrinha conta mais uma história do Portugal carro-dependente, de carros que ganham vida.
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