O planeamento urbano centrado no automóvel causa sedentarismo e obesidade
O sedentarismo é provavelmente o maior problema de saúde pública mundial neste momento, responsável por mais de 5 milhões de mortes por ano.
Um estudo inovador publicado na Nature, teve acesso ao número de passos dados no dia-a-dia, registado por 700 mil smartphones em todo o mundo. O estudo mostra que a obseidade está fortemente relacionada com estes dados.Mostra ainda que quanto mais uma cidade for feita e pensar nas pessoas em detrimento do automóvel (mais "walkable"), menos obesidade há. E isto acontece para todas as idades, géneros, níveis de rendimento, etc.
No gráfico vemos que a "activity inequality" (associada à obesidade), tem um agravamento de 40% devido apenas à qualidade do espaço urbano.
Ter cidades mais amigas dos peões, com passeios mais largos, com menos esperas nos semáforos, sem pontes e túneis pedonais, sem vias-rápidas no centro da cidade, com travessias mais seguras para os vulneráveis, sem estacionamento (legal ou ilegal) a dificultar a circulação pedonal, etc. é um dever de saúde pública.
In more walkable cities, activity is greater throughout the day and throughout the week, across age, gender, and body mass index (BMI) groups, with the greatest increases in activity found for females. Our findings have implications for global public health policy and urban planning and highlight the role of activity inequality and the built environment in improving physical activity and health.
http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature23018.html#sf9-inarticle