À rasca?
Fica o facto: os jovens portugueses são os que compram mais carros novos entre os congéneres europeus. De acordo com as palavras da comentadora, há contudo duas questões que me parecem equivocadas:
1- os jovens portugueses não aderem mais ao carro apenas porque não existe uma rede mais densa e eficiente de transportes. Faltam mais restrições à procura, como maiores taxas de fiscalização do estacionamento. Que nenhum condutor se queixe disto: se meteram voluntariamente o pescoço na corda sujeitaram-se aos apetites do verdugo. Comprar um carro é ficar com menos liberdade.
2- associar carros híbridos e eléctricos à ecologia e à protecção da natureza é uma frase várias vezes repetida mas sem fundamento. Funciona para quaisquer duas fontes de poluição distintas: uma será sempre preferível à outra porque polui menos, mas não se torna verde apenas porque não polui tanto como a outra. A discussão mais relevante é acerca da necessidade de se continuar a manter na sociedade qualquer uma das fontes de poluição, não deve ser acerca da obrigatoriedade de escolher entre ambas.
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