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Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas
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Esta notícia tinha ficado perdida para meter numa nota de rodapé, mas pensando bem merece mais destaque.
Em 1983, Buxtehude foi a primeira cidade do mundo a ter uma zona 30, um bairro onde todos têm que circular a menos 30 km/h. Em 1992, Graz fez dos 30km/h a regra e dos 50km/h a exceção. Em Londres estima-se que isto tenha reduzido os acidentes rodoviários em mais de 40%.
Há dois meses Bruxelas criou a maior Zona 30 do mundo, 4,6km2. E não foi num local qualquer, foi todo o centro de Bruxelas. A página da iniciativa explica porquê:
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E uma boa notícia cá da terra, em Funchal é possível agora levar a bicicleta na traseira de alguns autocarros.
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A Comissão Europeia está a considerar a um imposto sobre as emissões de carbono a nível dos 27.
Um dos problemas da implementação de impostos ambientais num país é a desvantagem económica que trazem em comparação com os países vizinhos. Uma fábrica situada na Finlândia, Suécia ou Dinamarca (os países que já têm impostos sobre o carbono) está em desvantagem com uma na Alemanha. Se este imposto for criado a nível comunitário, essas dificuldades desaparecem.
E porquê este imposto? Ele vai penalizar as pessoas/empresas que poluem mais beneficiando as que poluem menos (com a baixa de outros impostos). E não é só uma questão de justiça, mas de incentivo a um uso energético menos intensivo em carbono. Por exemplo, o transporte de mercadorias por ferrovia poderá passar a ser mais vantajoso em vários casos em comparação à rodovia.
Bruxelas pediu aos países europeus para acabar com os incentivos à troca de automóvel.
Vários países europeus, pressionados pelo lóbi automóvel, estiveram nos últimos tempos a pagar centenas de euros a quem quisesse trocar de carro. Esta medida travestida de medida verde (um greenwash estatal que o lóbi agradece) deverá acabar este ano, tal como outras medidas excecionais que apenas duraram nos anos mais duros da crise financeira.
E mais uma boa notícia. A Nicola (marca de café) colocou várias frases nos pacotinhos de açucar sobre o tema "Hoje é o dia". Uma das escolhidas diz "um dia começo a ir para o trabalho de bicicleta". Todos os dias há milhares de pessoas a ler esta frasesinha enquanto bebe café. Para elas, espero que amanhã seja o dia.
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1. Há uns tempos mostrei que um dos passeios que saia da principal praça do país tinha a certa altura 10 centímetros de largura, isto numa rua com 4 faixas. Graças à remodelação da Praça do Comércio, este passeio está a ser aumentado.
2. Esta também já tem uns meses. A praça nass traseiras da Estação do Rossio, foi durante largos anos um horrível parque de estacionamento ao ar livre, em plena zona nobre de Lisboa. A praça foi limpa e onde havia estacionamento há agora uma esplanada.
3. O greenwash aos carros pseudo-verdes está cada vez mais difundido. Em alguns parques de estacionamento há agora lugares específicos para estes carros (provavelmente nem lugar têm para bicicletas). Mas por quê? Será que ocupam menos espaço a estacionar?
4. Uma cena comum em Bruxelas (uma cidade que é plana segundo Helena Matos, apesar de ir dos 20m aos 130m de altitude). Não há que ter vergonha de subir a pé uma rua mais inclinada quando se vai de bicicleta. Se os automobilistas não têm vergonha das desvantagens do carro (meia-hora para encontrar um lugar para estacionar e vocês insistem em andar nessas coisas quando há alternativas?!) por que haveríamos nós, ciclistas, de ter?
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Mais três exemplos de como os carros são os causadores dos conflitos na ocupação do espaço urbano, que leva a semáforos, regras, conflitos, sinistralidade, sinais, congestionamentos, etc.
1. Peões & Transportes Públicos
Não são necessários semáforos e regras, bom senso e atenção são suficientes para a convivência.
2. Peões & Bicicletas vs Peões & Carros
Apesar de ser um cruzamento com igual número de carros, peões e bicicletas, reparem que não há nenhuma linha - muito menos semáforos - no local onde os peões e as bicicletas se cruzam... o mesmo já não se pode dizer dos carros. Aliás, alguém já alguma vez viu um semáforo a regular um cruzamento de bicicletas com peões?
3. Carros & bicicletas
Rua de sentido único para automóveis, MAS de duplo sentido para bicicletas (e para peões, já agora!). Este caso é muito comum nos países onde a bicicleta é vista como um transporte. E percebe-se porquê, a bicicleta por ocupar muito menos espaço não atrapalha se for em sentido contrário. Um carro em sentido contrário provavelmente nem caberia (e por lá não se reduzem passeios).
Quem atrapalha o trânsito são os carros! I
Histórias de Lisboa por outros blogues.
Um carro-dependente que se queixa da EMEL rebocar carros estacionados em cima do passeio, quando "não existe nenhum sinal de proibição de estacionar"!! - "Oh seu guarda, não sabia que era proibido roubar, não havia nenhum cartaz a avisar na loja!"
A vergonhosa condescendência da polícia lisboeta para com o estacionamento ilegal.
Um post que eu queria escrever, mas que alguém escreveu por mim: o egoísmo de quem não se dá ao trabalho de deslocar alguns metros a sua carripana, prejudicando assim imensas pessoas.
A praça mais monumental do país transformada em parque de estacionamento.
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A Helena Matos escreveu hoje um absurdo (por não estar minimamente informada sobre o que fala) artigo de opinião sobre as bicicletas e os automóveis. Não o vou comentar, porque já aqui foi feito e muito bem.
Aproveito só esta frase "querem obrigar os cidadãos de uma cidade quente e inclinada como Lisboa [...] a andar a pé ou de bicicleta como os de Bruxelas" para mostrar mais umas imagens dessa tal cidade "plana" onde tem havido um fortíssimo incentivo por parte das autoridades à bicicleta como transporte urbano.
A última foto serve apenas para mostrar que em Bruxelas há várias ruas a passar por cima de outras devido ao relevo, tal como acontece em Lisboa.
Estes belgas são parvos...
Post recomendado: Video da campanha da ACA-M sobre a sinistralidade dos peões há um ano n'O Carmo e a Trindade
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