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Menos Um Carro

Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas

Menos Um Carro

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Irónico

MC, 18.05.08

Já notaram que a publicidade automóvel apresenta espaços edílicos, cidades sem trânsito, cidades calmas, cidades com jardins, ruas com espaços largos sem estar atafulhadas,  natureza resplandecente...?

No mínimo irónico, quando o automóvel é culpado número 1 para a realidade não ser assim.

 

(Por vezes questiono-me como seriam as nossas cidades, e as nossas pretensas "necessidades", se o transporte público tivesse tanta publicidade como o automóvel... ou se o automóvel tivesse tanta como os transportes).

 

 


Post recomendado: Pedalar em Lisboa e em Leiden (Holanda) n'O Nadir dos Tempos

Ironia macabra

MC, 05.11.07

Enorme cartaz publicitário a alguns passos do local onde foram mortas duas mulheres por atropelamento no Terreiro do Paço. Infelizmente a foto (tirada durante a concentração da ACA-M ) ficou cortada, mas o que se lê nas letras gordas é "QUANTOS SÃO?". A frase está na realidade a chamar a atenção para o número de cavalos do SUV, mas é a frase típica de quem quer "andar à porrada".
Porque é que a cultura do automóvel tem sempre alguma violência implícita? 

Conduzir pode agravar seriamente a saúde de quem está próximo

MC, 26.10.07
Há uns meses sugeri por brincadeira que os automóveis e a sua publicidade devesse incluir mensagens como a do tabaco para alertar para os problemas que o seu uso e abuso provoca. Entretanto a Noruega proibiu o uso de "expressões verdes" na publicidade automóvel, e houve uma publicidade da Shell com flores a sair de uma chaminé que foi proibida na Holanda. Anteontem o Parlamento Europeu aprovou uma lei obrigando toda a publicidade automóvel a dedicar 20% do seu espaço com um aviso sobre as emissões de CO2.


Publicidade ao Seat Leon

MC, 15.06.07


Infelizmente só encontrei o anúncio em inglês (e legendas em castelhano), mas a versão portuguesa não anda muito longe desta tradução livre:

Pensa nisto.
Quando compras um carro,
compras uma nova parte de ti próprio
algo que é teu
mas
não é parte do teu corpo.
Compras a obrigação de tomar conta dele
de mantê-lo
de usá-lo mesmo quando não precisas.
Compras a obrigação de o alimentar
o trabalho de ter de o limpar
a obsessão de impedir as pessoas de deixarem areia no carro.
Compras o medo de o perder
ou de alguém o tirar de ti.
Compras a obsessão de mantê-lo impecavelmente limpo
e a preocupação em encontrar um lugar seguro para estacionar.
Compras o impulso
de comparar o teu carro com outros carros
mas
tu comprá-lo na mesma.
Porque as melhores coisas da vida não sai as coisas que possuis
mas as coisas que te possuem


Que há muita gente que vive para o carro, em vez do oposto, é há muito sabido. Agora isto é doentio.