Não sei onde é que a dependência doentia do automóvel, sob a forma dos drive-ins vai parar. Julguei que já tinha visto tudo com os cinemas drive-in, farmácias drive-in, restaurantes drive-in, descanço junto ao rio num dia bonito drive-in, desportos radicais drive-in (desde quando é que andar de jipe é um desporto?), manifestações drive-in, namoro drive-in, etc... mas não. Temos agora exposições drive-in (segundo o Público esta é já a 7ª edição do Drive-In Arte) ao longo da EN10.
O que virá a seguir?
Escritórios drive-in?
Aulas drive-in?
Hospitais drive-in?
Jardins drive-in?
Discotecas drive-in?
Convívio com os amigos drive-in?
Subidas de barco pelo Douro drive-in?
Conferências drive-in?
Missa drive-in?
Não tenha medo de abrir essa porta.
Vai descobrir que há vida fora do seu automóvel.
P.S. Já depois de escrever o texto descobri uma
foto de uma "ida à praia drive-in" no Apocalipse Motorizado.