80 km/h de máxima na auto-estrada
O impacto da velocidade nas emissões é uma questão muito pouco conhecida. Todos sabem que a partir dos 60 ou 70km/h se gasta mais combustível com a velocidade, mas este aumento é constante. Com as emissões a história é muito diferente. Passar dos 120 para os 140 pode significar o dobro da poluição. Isto deve-se à incapacidade dos motores de fazer uma combustão correcta do combustível.
Claro que os valores dependem muito do carro, da temperatura, do combustível, etc... mas o fenómeno está lá sempre. A única referência que encontrei foi da Agência de Protecção Ambiental Americana que diz que aumentar a velocidade média do tráfego (em dada situação) de 55 milhas/h (88km/h) para 65 (104km/h) implica um aumento das emissões de 9.6% de NOx (óxidos de azoto), de 55.9% de compostos orgânicos voláteis e de 153% de CO (monóxido de carbono)!
Não é por acaso que o Plano Nacional para as Alterações Climáticas prevê a redução da velocidade média nas auto-estradas portuguesas de 120 para 118km/h (na altura foi hilariante reparar na quantidade de gente que não sabe a diferença entre velocidade máxima e média!!).