Jerónimo Martins investe no comércio de bairro
Como já escrevi, é um triste sinal do desprezo português pelo comércio local, por ruas com vida, pelo peão, enfim por uma cidade mais humana, que as marcas portuguesas praticamente não invistam no comércio de rua. Apenas as marcas internacionais parecem perceber que o comércio tradicional também rende, como se pode comprovar em várias ruas comerciais do país. As marcas portuguesas gostam da sociedade do automóvel, por isso encontramo-las no shopping onde só se chega de carro, porque isso é que é moderno. O próprio Governo tem esta inclinação e até a campanha de reciclagem de rolhas da Quercus só passa pelo shopping.
A JM é das poucas cadeias comerciais portuguesas que não despreza o comércio de rua, e com excelentes resultados como prova o sucesso do Pingo Doce. Esta empresa foi agora mais além, passando a investir não apenas em supermercados de bairro, mas na mercearia tradicional de bairro. Será um sinal da mudança de mentalidades?
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A Quercus alerta que Lisboa é das cidades mais impermeabilzadas de toda a Europa, devido ao excesso dedicado ao automóvel e falta de espaços verdes.