Transportes e Maturidade
É um chavão que uma crise, seja ela económica ou política, é também uma oportunidade para um país e para os seus habitantes; porque ao encerramento do ciclo que permitiu o advento dessa crise, assiste a possibilidade de um novo começo. Esse novo começo é necessário, seja por os comportamentos estarem agora balizados por novas condicionantes financeiras, seja porque as pessoas compreenderem e sentirem nos ossos que o seu modo de vida anterior era parte integrante das condições que ocasionaram a crise.
Concretizando: perante os gastos de produção e manutenção e a escassez de matérias primas que não existem no nosso território, o estado e as empresas decidiram reavaliar a frequência, aumentar os passes mensais ou suspender alguns serviços de transportes para diminuírem os seus custos.
Perante estes factos, há duas atitudes. A imatura e a matura.
Existem os que pretendem manter a sua dependência e geri-la, exigindo ao estado que continue a facilitar o seu modo de deslocação com prejuízos sociais e financeiros colectivos. Acham que a generalização do automóvel como meio de transporte é algo irrevogável e necessários às suas vidas:

Acontece que me apaixonei por um automóvel.
E existem aqueles que, por não terem opção ou por escolha própria, reivindicam o direito à mobilidade num meio de transporte colectivamente menos oneroso ou que se autonomizam completamente do uso do automóvel em meio urbano.
Há quem peça aos papás um aumento da mesada. E há quem saia de casa.
A Ciclo-Oficina de Lisboa de Janeiro foi em Telheiras, na associação ART. Como sempre, a garantia de uma tarde de Domingo bem passada:





