350 alunos sem autocarro em Bragança
MC, 12.04.07
A concessionária dos transportes escolares em Bragança, a antiga RodoNorte e actual Santos, decidiu alterar o horário dos autocarros sem aviso prévio. 350 alunos são agora obrigados a esperar horas pelo próximo autocarro.
Este caso é apenas mais um entre vários de desrespeito das transportadoras privadas pelas suas obrigações sociais. Em Portugal, estas empresas por serem privadas julgam-se com autoridade para decidirem livremente o seu serviço, preocupando-se apenas com a sua rentabilidade e não com as necessidades da população. Contudo as empresas privadas de transporte não são empresas normais. Por não fazer sentido um regime de concorrência entre várias empresas, é que as Câmaras atribuem os transportes a uma empresa só tornando-o a assim num monopólio legal. Enquanto nos outros sectores são proibidos os monopólios, nos transportes urbanos é uma necessidade, e como contrapartida as empresas devem ser obrigadas a prestarem serviços que apesar de pouco rentáveis são fundamentais do ponto de vista social.
Um outro exemplo escandaloso é a Scotturb da zona Cascais, Sintra, Oeiras que aparentemente decide os horários e carreiras a seu belo prazer.
Numa conferência sobre mobilidade sustentável há alguns anos em Lisboa, perguntei na minha santa ignorância ao responsável pelo sistema de transportes de Curitiba (famoso pela sua qualidade e por ser apenas baseado em autocarros privados) como conseguiam ter um serviço tão bom dependendo apenas de privados. O orador um pouco perplexo com a pergunta, respondeu apenas que a Câmara decidia os trajectos e os horários e as transportadoras privadas acatavam a decisão.
Parece simples não parece? Em Portugal, nem por isso...
Este caso é apenas mais um entre vários de desrespeito das transportadoras privadas pelas suas obrigações sociais. Em Portugal, estas empresas por serem privadas julgam-se com autoridade para decidirem livremente o seu serviço, preocupando-se apenas com a sua rentabilidade e não com as necessidades da população. Contudo as empresas privadas de transporte não são empresas normais. Por não fazer sentido um regime de concorrência entre várias empresas, é que as Câmaras atribuem os transportes a uma empresa só tornando-o a assim num monopólio legal. Enquanto nos outros sectores são proibidos os monopólios, nos transportes urbanos é uma necessidade, e como contrapartida as empresas devem ser obrigadas a prestarem serviços que apesar de pouco rentáveis são fundamentais do ponto de vista social.
Um outro exemplo escandaloso é a Scotturb da zona Cascais, Sintra, Oeiras que aparentemente decide os horários e carreiras a seu belo prazer.
Numa conferência sobre mobilidade sustentável há alguns anos em Lisboa, perguntei na minha santa ignorância ao responsável pelo sistema de transportes de Curitiba (famoso pela sua qualidade e por ser apenas baseado em autocarros privados) como conseguiam ter um serviço tão bom dependendo apenas de privados. O orador um pouco perplexo com a pergunta, respondeu apenas que a Câmara decidia os trajectos e os horários e as transportadoras privadas acatavam a decisão.
Parece simples não parece? Em Portugal, nem por isso...