Pequenas coisas da ditadura do automóvel I
Nota: Quando se refere os malefícios da sociedade do automóvel, o que vem à cabeça das pessoas é a poluição. Talvez os milhares de mortos nas estradas. A outros também as guerras travadas pelo controlo do petróleo. Quem lê este blogue sabe que a lista é muito maior, sendo que no topo da lista das consequências esquecidas está a destruição e desumanização das cidades. Esta série de postas serve para lembrar que há muitas, muitas coisas pequeninas que nem nos apercebemos mas que todas somadas provam umas das principais mensagens do Menos Um Carro (o verdadeiro): andar ou não de automóvel não é uma escolha meramente individual como escolher entre chá ou café, mas é uma escolha que afeta os outros, tal como tocar ou não bateria às 4 da manhã.
Eu adoro ouvir rádio ou música na rua, há quem goste de falar ao telefone, mas fazer isso quando me desloco de bicicleta é um suicídio.
Contudo, nas cidades dominadas por bicicletas, é muito comum encontrar gente com os auscultadores bem enfiados. O perigo não está na escolha do ciclista, mas nas escolhas que os condutores fizeram por ele.
Pondo as coisas de outra maneira, se alguém numa esplanada nos abordasse para nos proibir de ouvir música com auscultadores, qualquer um ficaria indignado. Mas por que é que não reagimos quando esse alguém tem um volante na mão?
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Recomendação de hoje para os colecionadores de tshirts que não querem ficar calados :)
Da Cenas a Pedal (que tem agora uma loja online) as minhas favoritas são
O seu médico ou vendedor de bicicletas pode ajudá-lo a deixar de conduzir;
Salva a natureza, queima a tua viatura;
Libertem os ciclistas enclausurados nos carros;