A União Europeia há vários anos que tem política ativas na redução da emissão de gases do efeito de estufa. Foi a principal defensora do protocolo de Kyoto, onde se comprometeu (na altura a 15) a reduzir as suas emissões de 2008-2012 em 8% face a 1990. Como se vê na parte de cima do gráfico, a Europa reduziu 11% das suas emissões em 2008 face a 1990. Esta redução teve obviamente um custo, nova legislação, nova tecnologia, indústrias que tiveram de ser convertidas, novos hábitos, etc. De lembrar que a economia cresceu mais de 40% neste período, de modo que a redução de 11% é realmente um sucesso.
O transporte rodoviário é no meio disto tudo uma vaca sagrada na Europa. Este setor aumentou as suas emissões em 26%.
Em 1990 era responsável por 12,8% do total, em 2008 por 18,2%. A UE ficou-se por meros objectivos de melhoria de eficiência (e mesmo estes foram sendo retirados por enorme pressão da
indústria), nunca tendo havido a intenção de reduzir o transporte rodoviário. Bem pelo contrário, o apoio a construção de infra-estruturas rodoviárias continua a merecer milhões em apoios comunitários todos os dias.
E não, o carro eléctrico (mesmo com electrões provenientes somente! da energia eólica) não é uma solução para isto.
A comprar esta semana em Lisboa, a Time Out dedicada à bicicleta na cidade.
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