Duas cidades, duas medidas
É sabido que Lisboa está a rebentar pelas costuras em termos da capacidade de absorver mais automóveis. Apesar disso, o presidente António Costa já veio exigir explicações ao governo para o adiamento da terceira travessia do Tejo, que envolve uma componente rodoviária. Quando a contestou, não foi por esta pressupor uma componente rodoviária, mas devido ao seu enquadramento paisagístico não ser o melhor. Um pouco como discutir, perante uma ameaça de fogo, se se deita gasolina ou gasóleo.
No dia em que quiserem encalacrar alguém do PCP ou d'Os Verdes sobre a mobilidade em Lisboa, basta recordar-lhes o contraditório da sua posição perante a nova ponte sobre o Tejo.
No Porto, por outro lado, a Câmara quer, com o objectivo de melhorar a mobilidade, aumentar a eficiência de rebocamento de automóveis em 5000 viaturas. A medida foi aprovada com os votos contra do BE e PCP.
Uma lição sobre como fazer mais com menos.