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Menos Um Carro

Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas

Menos Um Carro

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Tortura na Lisboa de 2011

MC, 15.04.11

Título de ontem do DN:

Dois quilómetros a pé antes do trabalho, a propósito dos técnicos do FMI que estão instalados na Avenida da Liberdade em Lisboa, e que trabalhando no Terreiro do Paço (Ministério das Finanças), tomaram a bizarra opção (do ponto de vista do português médio) de ir a pé até lá. Como é que gente istrangeira, que devem ter motoristas disponíveis, se lembra de fazer tal coisa? O jornalista do DN achou que isto merecia uma notícia.

 

Título de hoje do SOL:

Crianças obrigadas a andar mais de um quilómetro para ir à escola em Odivelas. Um vereador lamenta-se "É inadmissível que, às portas de Lisboa, em pleno século XXI, haja uma situação destas. Já alertei o executivo municipal para a necessidade de arranjar um transporte para estas crianças". Que tortura desumana, acrescento eu.

 

Com mentalidades destas não admira que Portugal seja dos países do mundo com maiores problemas de sedentarismo, de doenças coronárias, e o campeão europeu em obesidade infantil. 

Para fechar repesco uma foto antiga aqui do blogue, tirada à porta de uma primária na Holanda.

 

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Um artigo a ler no DN, via Esquerda Republicana, Guerra ao Automóvel de Jorge Fiel.

Dúvida

MC, 12.04.11

Será que há algum local no centro de Lisboa que a algum momento não se veja nenhum automobilista a desrespeitar as regras de trânsito?

Não haja carros mal estacionados, carros a exceder o limite de velocidade, carros a passar o vermelho ou acelerar no amarelo, carros sem parquímetro pago, etc.? Duvido que seja fácil encontrar.

A dúvida surgiu-me numa discussão entre os sócios da MUBi, onde se debatia se as bicicletas deveriam respeitar todas as regras de trânsito. Dada a minha dúvida, e dado que um automobilista incumpridor prejudica os outros, enquanto um ciclista não, a resposta parece-me óbvia.

 

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A propósito o Pedalinas tem uma lista de dicas sobre circulação em bicicleta na cidade.

Encontrado por aí (II)

TMC, 04.04.11

A Avenida Infante Dom Henrique é uma das várias auto-estradas urbanas existentes em Lisboa. Paralela à margem direita do rio Tejo, é pouco sinuosa, quase sempre plana e com uma largura para vários automóveis. O resultado: uma emulação de uma pista de corridas para o piloto de F1 frustrado que possa haver em cada condutor. Mesmo com a instalação de semáforos, e nestas condiçõs, cada bólide parece ter como objectivo ultrapassar o amarelo antes deste tornar-se vermelho...e com isso alcançar uma fugaz glória.

 

 

Um abraço ao autor.

 

 

 

 


Um grande e especial muito obrigado aos leitores que, no âmbito dos "Green Bloggers Awards" de Fevereiro, votaram no texto "O comércio e a rua". Sem o vosso apoio não nos esforçaríamos por estar em permanente actualização e aprendizagem acerca dos temas que aqui abordamos. E claro, não teríamos sido vencedores desse mesmo prémio. Continuem connosco, por cá estaremos.

O projecto "Bike Buddy" na comunicação social

TMC, 02.04.11

Dois dias depois do lançamento da iniciativa "bike buddy" da MUBi, a comunicação social dá algum destaque à proposta:

 

- Lusa

- Diário Digital e Visão (iguais)

- Público

 

A relevância da comunicação social é precisamente ajudar à divulgação do projecto, algo que por si só o feitiço dos blogues e do facebook não podem lograr. É preciso, no entanto, muito boca-a-boca, muito boato, disponibilidade e até alguma moda associada ao andar de bicicleta (voltarei a este assunt mais tarde) para que o projecto tenha algum sucesso.

 

Recorde-se que o projecto está aberto a qualquer um, independentemente se os voluntários de acompanhamento se localizem em Lisboa ou não. Só é preciso acreditar na causa e contactar a MUBi. O pressusposto básico é que muitos dos habitantes das nossas cidades ainda não sairam do armário no que toca à bicicleta, por terem uma percepção (perigosa, cansativa, limitadora) errada da sua potencialidade como meio de transporte.

 


Por falar em percepções erradas, porque é que o seguinte stencil encontrado num bairro histórico de Lisboa não faz sentido absolutamente nenhum? O que revelam as palavras dos autores relativamente ao que compreendem por "as ruas serem nossas"?

 

A MUBi lançou o projecto "Bike Buddy"!

TMC, 01.04.11

 

 

Bike Buddy, um projecto MUBi: http://bikebuddy.mubi.pt 

 

 

Comunicado

 

A MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (http://mubi.pt) – lança nesta sexta-feira a iniciativa “Bike Buddy” (BB) para a cidade de Lisboa. O projecto consiste num serviço de apoio contínuo, gratuito e voluntário às deslocações urbanas em bicicleta de novos utilizadores, com vista a promover e facilitar a adopção deste meio de transporte. Os requisitos mínimos para solicitar este serviço são ter uma bicicleta em condições aceitáveis e saber conduzi-la com destreza. O contacto deverá ser feito através de um pequeno inquérito na página oficial do projecto BB (http://bikebuddy.mubi.pt), em que o interessado poderá, detalhando o seu perfil de utilizador, requerer o BB que mais lhe convém.

O apoio encerra dois aspectos, baseados na experiência de utilização de bicicleta em meio urbano pelos vários membros da MUBi: o primeiro prende-se com recomendações e dicas concretas acerca de rotas, equipamento, material, segurança, estratégias de condução defensiva e legislação, com vista a tornar a experiência de deslocação na cidade em bicicleta o mais confortável e segura possível; o segundo aspecto do apoio, cuja duração e frequência deverá ser definida por ambas as partes, implica um acompanhamento presencial durante um percurso recorrente do novo utilizador, na acepção de que a companhia de alguém mais experiente transmite uma ajuda indelével a quem pretende afirmar-se como um pleno utilizador de bicicleta em meio urbano.

O objectivo do projecto BB visa a longo prazo aumentar a frequência de utilizadores de bicicleta na cidade de Lisboa e noutras cidades portuguesas, combatendo o mito que reitera ou a sua impossibilidade ou os elevados riscos para a segurança de cada utilizador; acreditamos na MUBi que, apesar da ausência de condições ideais para o uso da bicicleta na cidade de Lisboa, importa promover este meio de transporte através de um apoio experiencial que desconstrua tais popularizações do uso da bicicleta.


Aveiro continua a ser a cidade portuguesa mais inovadora em termos de mobilidade suave. Depois da aposta, arrojada para a época, nas bicicletas, a cidade decidiu agora favorecer a prática do caminhar como uma prática a ser inculcada nos seus habitantes. Estão outra vez de parabéns.