Faz hoje quatro que saíram as primeiras postas do Menos Um Carro, sobre portagens urbanas, CO2 e sinistralidade. Continuamos a ser o blogue português na área do ambiente, com mais ligações (segundo o Twingly) e com mais subscritores (segundo o Google Reader). Obrigado!

Muito mudou nestes 4 anos, a bicicleta é cada vez mais um transporte levado a sério. Falando por Lisboa, há 4 anos ninguém diria que se viriam tantas bicicletas na rua como hoje, nem que a bicicleta teria passado a estar nas discussões públicas sobre transportes. À distância, apercebo-me que a bicicleta também passou a ser um tema no mais importante blogue de discussão sobre o Porto. Até a minha antiga professora da primária (!) passou a fazer 2km de bicicleta todos os dias, para ir para a escola! :)

As Massas Críticas/Bicicletadas deixaram de ser uma coisa de meia dúzia de doidos em Lisboa e Porto, para passar a ter centenas de participantes e se terem alastrado a Coimbra, Aveiro, Évora, Seixal, Sines e Guimarães!

A blogoesfera também explodiu, tendo surgido nos últimos meses excelentes blogues como o Um Pé no Porto e Outro no Pedal, Lisboa Bike, Simply Commuting, Lisbon Cycle Chic, etc.

E como o submundo da bicicleta não pára de crescer, Lisboa tem agora um grupo de Bike Polo. Encontra-se às quartas-feiras, às 20h30 no Campo Grande.

Movimento “Menos um carro” diz que há menos automóveis a entrar diariamente em Lisboa

Conclusão: se os autocarros da Carris (empresa responsável pelo "movimento") mal entram nos subúrbios de Lisboa, a diminuição do número de entradas por carro na cidade não se deve aos transportes públicos da empresa.

Energia: Administração Pública é quem menos contribui para eficiência energética do país.

Conclusão: é inevitável. A solução era não terem feito edifícios envidraçados no meio do nada com parque de estacionamento gratuito só por os terrenos serem mais baratos. Ver localização da Agência Portuguesa do Ambiente.

Viseu: 94 atropelados nas passadeiras

Três mil atropelamentos custaram a vida a 56

ACP lança campanha sobre cuidados para atravessar estradas

Conclusão: esta é fácil: o presidente do ACP é uma besta.

Uso generalizado da bicicleta é benéfico para a sociedade.

Conclusão: se sabemos que existem benefícios no uso da bicicleta e malefícios no uso do carro nas cidades, porque é que há tanta liberdade de escolha?

E se o espaço público fosse à partida das pessoas, e fossem os carros a serem confinados a espaços exíguos?

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A propósito, outra imagem para pensar no Reinventing Parking: o custo de oportunidade do estacionamento.

Há muito que sabia que havia locais para alugar bicicletas para passeios de recreio em Lisboa, mas só hoje me apercebi do ridículo. Claro que há muita gente que quer fazer um passeio numa zona bonita bem longe de casa, e dá jeito alugar a bicicleta. Mas muitos outros prefeririam dar um passeio curto, sem se afastar de casa e sem grandes deslocações. Estes não podem ou não se sentem confortáveis porque Lisboa está assaltada pelos automóveis.

Explicar a um habitante de Londres, Copenhaga ou Amesterdão que em Lisboa há quem tenha que fazer vários quilómetros, para poder dar a sua voltinha de fim-de-semana... seria algo complicado.

O mesmo se passa com jogging. No país com dos níveis mais preocupantes de obesidade na Europa, não se vêem pessoas a correr na cidade - ao contrário de tantas cidades europeias - porque as cidades estão poluídas, os passeios são minúsculos e estão ocupados, os semáforos e a estrutura viária tratam mal os peões.

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Mas aqui fica um sinal de que as coisas podem estar a mudar. Com muitos anos de atraso, Lisboa começa a ter as suas zonas 30, a ler no Cidade Ideal!