Alguns pontos (deixei de fora os mais consensuais) retirados do
programa da candidatura de Ruben de Carvalho à CML:
(a azul os meus comentários... por razões "técnicas" tiveram que ficar em itálico)
Objectivos estratégicos
Dar prioridade absoluta às vias circulares.
Melhorar os ‘interfaces’ de entrada na cidade, incrementando os estacionamentos, melhorando a articulação de transportes e incentivando o uso de transportes públicos dentro da cidade;
Contribuir para a definição de novos eixos de circulação, que afastem do centro o transito de passagem e permitam a fruição das zonas históricas centrais como áreas de vivência urbana;
Continuar a construir nas zonas históricas áreas de estacionamento, nomeadamente em silo, para uso de moradores e de visitantes.
Prioridade
Como medida global, deverá ser reformulada a Autoridade Metropolitana de Transportes, (...) que exerça um papel na organização e coordenação dos vários operadores dos transportes públicos.
1. Acessibilidades e espaços públicos
Reformular o Túnel do Marquês, que deve emergir, no limite, na Rua Castilho. (espero que não seja um ponto de 2005 que tenha ficado esquecido para 2007. Se for realmente para manter os parabéns pela coragem política de defender o encerramento de uma infra-estrutura que só serve os automóveis ligeiros)
Exigir a conclusão das Circulares ao Eixo Norte/Sul, a radial da Pontinha e de Benfica e a CRIL (mais e mais estradas dentro da cidade?)
Concluir a reformulação da Av. Santos e Castro e as vias estruturantes da Alta de Lisboa
Concluir a ligação Olaias/Av. Infante D. Henrique
Aumentar as faixas “bus” e fiscalizar as cargas e descargas.
2. Mobilidade do peão
Dar combate à colocação de obstáculos nos passeios e fiscalizar rigorosamente o estacionamento irregular e a ocupação dos passeios
Utilizar equipamentos limitativos da velocidade, nos locais mais perigosos
Restringir a circulação de veículos em zonas centrais.
3. Estacionamento
Construir parques de estacionamento para residentes, subterrâneos, em superfície ou em altura e parques dissuasores à entrada da Cidade (...)
4. Sistema de transportes
Incrementar e valorizar a importância das empresas públicas de transportes (CP, Metro, Carris), impedindo o seu desmembramento, privatização ou municipalização, assim como os despedimentos de trabalhadores e valorizar o serviço público de transportes (impedir a municipalização?! Uma das principais queixas de quem tem estado à frente da CML nas últimas décadas é exactamente a independência da Carris que impede que haja uma política integrada de mobilidade no concelho)
Exigir o alargamento das coroas do passe social inter-modal e torná-lo extensivo a todos os operadores, como alternativa ao transporte individual, no acesso à Cidade (fundamental)
(...) estudar a expansão [do metro] a zonas de forte densidade habitacional, tais como Alcântara/ Ajuda e Sapadores/Graça
Intervir junto da Carris para repor as carreiras que tem vindo a suprimir e para a construção de linhas radiais e circulares de eléctricos rápidos em caminho reservado e a sua articulação com a recuperação dos eléctricos de colina.
Valorizar o papel dos táxis
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Estudar a viabilidade de utilização do GNV (gás natural veicular), como combustível para os táxis em circulação na cidade, bem como para utilização em veículos da frota municipal.
Nem uma palavra para a bicicleta como meio de transporte.