A "necessidade" de andar de carro e os portugueses
Nos dois períodos que vivi no estrangeiro, ambos integrado num ambiente internacional, os portugueses destacavam-se sempre por serem aqueles que tinham carro. Vivendo exactamente no mesmo local, com as mesmas necessidades de mobilidade e com a mesma oferta de transportes públicos, os portugueses tinham que trazer o carro da terrinha. Acabavam por ser mais os portugueses com carro do que os locais!
Num comentário há umas semanas um leitor contava que "trabalhava numa agência internacional com pessoas de todas as nacionalidades. Da dezena de portugueses lá, havia dois que não tinham carro. Apesar de ser mais complicado naquela zona ter carro do que não ter."
Se isto não prova que o argumento - repetido até ao enjoo - do "mas eu preciso mesmo do carro" que se ouve tanto por cá, é um enorme relativismo cultural, não sei o que provará.
Isto a propósito de um conversa com uma amiga alemã, que obviamente não vive no sul da Europa. Ao referir-se a um rapaz italiano, comentava que ele era "estudante com 22 anos e vê lá que já tem um carro dele!". Eu desatei-me a rir, obviamente. Alguém se espantaria com tal coisa, aqui no sul novo-rico e obcecado em não dar aparência de pobre?
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