Corridas Intermodais
Muitas vezes quem defende a vantagem do automóvel em termos de velocidade na cidade, esquece-se de três coisas:
- Andar de carro (em vez de ir a pé, bicicleta ou mota) obriga a caminhar do ponto de partida até ao local onde o carro está estacionado, a procurar um lugar para estacionar no ponto de chegada (o que por vezes dura e dura), e caminhar até ao ponto de chegada.
- O carro não pode muitas vezes fazer o mesmo percurso que um peão, uma bicicleta, ou o transporte público sendo obrigado a dar uma volta maior.
- O carro fica preso no trânsito, mas a bicicleta, o peão, a mota e o metro não!
Já aqui referi que em média a bicicleta é o meio de transporte mais rápido dentro da cidade até aos 5km (o peão é ainda mais rápido para distâncias muito curtas), e aqui que grande parte das deslocações de carro na cidade são muito pequenas. Mas melhor do que palavras, é experimentar mesmo.
Numa experiência feita pelo GAIA no Porto há umas semanas, o 1º desafio intermodal no Porto, a bicicleta foi a primeira a chegar num percurso de 5km (a mota perdeu-se). De seguida chegou quem foi a pé+metro. O carro, que teve que procurar lugar para estacionar, chegou apenas em quinto. Bem sei que parte do percurso era a descer, mas o resultado é claramente diferente do que muitos carro-dependentes portuenses esperariam.
N'A Corunha, uma corrida semelhante teve como vencedores a mota e a bicicleta, seguidos pelo taxi. Em último, o carro... que em termos de preço é apenas batido pelo taxi. Um post a ler no bicis.info (na variante galega da nossa língua).
A ver: publicidade do Friends of the Earth para nos lembrar que a poluição automóvel está em todo o lado.
obrigado Tiago