As nossas cidades para os deficientes
Deficiente motora numa rua central de Amesterdão
Umas das maiores vítimas da ditadura dos automóveis nas nossas cidades são os deficientes motores e os invisuais. Se o espaço urbano já pouco é pensado para os peões "normais", para pessoas com necessidades quase nada é feito. Os invisuais não se conseguem deslocar numa cidade onde cada rua é uma via-rápida. Os deficientes motores não se podem movimentar nos passeios empilhados de carros estacionados, nos passeios estupidamente estreitos para criar mais lugares de estacionamento à superfície (off-topic: reparem que na foto não há estacionamento à superfície, como em muitas ruas das cidades do Norte da Europa), nos passeios cheios de obstáculos... e muito menos no próprio alcatrão como a senhora da foto! Aliás, alguém numa cadeira eléctrica a deslocar-se assim numa rua de Lisboa só entraria mesmo num filme trágico-cómico. Só é possível em cidades onde a pessoa é colocada em primeiro lugar e onde a acalmia do tráfego é levada a sério.
O JN tem um artigo recente exactamente sobre isto.
O Ricardo do Utilizar a Bicicleta na Cidade actualizou a sua lista sobre as possibilidades de levar bicicletas nos transportes públicos de Lisboa.