Quanto o Estado esvazia as cidades e promove o automóvel
O Estado deveria ser o primeiro a manter os seus serviços junto das populações, a facilitar o acesso a eles, a promover vilas e cidades com vida. Infelizmente não é o que acontece, e ao Estado não lhe falta o pudor para colocar entidades no meio do nada, de partir do princípio que todos andamos de popó e que é de popó que queremos lá chegar. Veja-se o Tribunal de Sintra, no meio de um monte afastado da vila, mas com um enorme parque de estacionamento. Veja-se o IPO de Lisboa que esteve para ser levado para uns terrenos algures no Concelho de Oeiras, onde a qualidade dos acessos em transportes públicos seriam terrivelmente piores do que os que há na localização actual do IPO. Hoje surge mais uma triste notícia, a Loja do Cidadão de Alcochete vai ser no Freeport, um mega centro comercial fora de Alcochete.
Continuamos a caminhar para o modelo americano de cidades vazias, constituídas por cruzamentos de auto-estradas. Modelo este que já está em retrocesso nos EUA.
Mais boas notícias do aumento de crude: as empresas começam a relocalizar as suas produções junto dos consumidores, neste caso uma empresa alemã que volta a produzir em Portugal o que entretanto fabricava na China. (via Pedalófilo)