Afinal há alternativas ao automóvel para o dia-a-dia II
Há 10 e 20 anos o número de passageiros transportados nos transportes públicos de Lisboa era assombrosamente maior do que é hoje. Sendo que no seu global os transporte públicos não pioraram, tendo muitos até melhorado consideravelmente (metro, comboio Lisboa-Setúbal), como é que se pode dizer que em geral (não estou a falar de casos particulares) não há alternativas?
Não será que há uma boa dose de comodismo e novo-riquismo por detrás?
Claro que há uma alteração que pode ajudar a explicar isto, a localização dos habitações e dos empregos. Custa-me a querer que isto explique a maior parte da queda abrupta nos transporte públicos, mas é possível que explique parte. Estes casos só me convencem que os combustíveis devem continuar caros, porque são situações insustentáveis. No futuro próximo teremos que depender menos do automóvel, e nem sequer falo aqui de qualidade de vida, falo da queda da produção de petróleo e as alterações climáticas. É preciso mostrar a quem se afastou da cidade e dos transportes, que essa decisão tem (e terá cada vez mais) enormes custos, e evitar que outros façam o mesmo.