Lisboa, cidade do automóvel segundo a Carris
1. O poder de decisão está dividido por 1001 capelinhas, cada uma preocupada com o seu quintal.
2. A CML deve deixar de planear a cidade para o automóvel.
3. Limitar e tornar mais caro o trãnsito automóvel, e fiscalizar o seu estacionamento é algo que a CML deveria fazer de imediato mas não faz. "O estacionamento não pode continuar a ser feito da forma que o fazemos em Lisboa, sem regras claras e sem uma política rigorosa".
4. Diminuir estacionamento disponível: "Aumentar o espaço de estacionamento na cidade é andar ao contrário do que deve ser feito. É relativamente fácil gerir esta variável e, se na AML não a gerimos adequadamente, então na cidade não a gerimos de todo: é só ver as segundas filas, os passeios cheios de carros, a falta de fiscalização e o sentimento de impunidade generalizado dos cidadãos". "Dizem que querem uma cidade descongestionada e depois anunciam novos parques no centro da cidade. Qual a coerência deste modelo?"
5. Aumentar faixas BUS: "Se estiver parado nos sinais e vir os autocarros a avançar, se calhar até penso mudar de meio de transporte". "A nossa frota anda uma média de 14,5 quilómetros por hora. Se nos deixassem andar a mais um quilómetro pouparíamos cinco milhões de euros por ano."
6. Tem que haver lógica de rede na Grande Lisboa em termos de transportes públicos.
7. O sistema de bilhetes tem que ser unificado. "Há 400 bilhetes diferentes na AML e até nós não sabemos qual é o título mais adequado a cada viagem. Não se pode continuar a fingir que o problema não existe só porque a reformulação do sistema comportaria um aumento das tarifas".
Nada que eu não tenha escrito por aqui... mas é sempre bom ver alguém que está realmente por dentro do assunto, a dizer exactamente o mesmo que nós. Ou será que o presidente da Carris e ex-vereador é um fundamentalista anti-automóvel perigoso?
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