Matar um peão numa passadeira é menos grave do que falsificar notas escolares
Homicídio de uma criança de 11 anos que atravessava a passadeira: 18 meses de prisão (suspensos)
Falsificação de notas dos exames do secundário: 36 meses de prisão (suspensos)
A única boa notícia aqui é que ao menos houve um tribunal que condenou um homicida ao volante, quando há inúmeros casos em que nem uma condenação acontece.
Nota: Eu tenho horror à defesa de longas penas de prisão (tenho muito orgulho por termos um dos limites máximos de prisão - 25 anos - mais baixos do mundo), por isso não estou aqui a defender penas de 10 anos. Também sou alérgico a comparações demagógicas e maniqueístas de decisões judiciais que apenas olham para a contabilidade dos meses na prisão. Mas por mais voltas que se dê, é impossível compreender como é que os homicidas ao volante (e os potenciais homicidas também) são tratados com tanta complacência.