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Menos Um Carro

Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas

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Seria difícil tornar a bicicleta no principal transporte nas nossas cidades?

MC, 06.09.10

Embora Lisboa e Porto sejam bem mais cicláveis do que o senso comum (ou seja de quem nunca experimentou) diz, seriam necessárias algumas adaptações para fazer com que a bicicleta fosse uma boa alternativa para, digamos, metade dos habitantes da Grande Lisboa e Grande Porto.

  • Para vencer as grandes distâncias típicas de uma grande cidade, seriam necessários metros, comboios e autocarros preparados para transportar bicicletas*.
  • Nas zonas com relevo difícil (Castelo em Lisboa, da Ribeira para a Baixa no Porto, etc.), deveria haver autocarros de alta frequência com o intuito de levar os ciclistas para o topo.
  • As empresas e escolas deveriam ter duches para quem fizesse grandes distâncias*.

Estas medidas podem parecer de difícil e cara aplicação, mas sê-lo-ão para quem nunca pensou nas condições necessárias para fazer do automóvel uma alternativa:

  • Auto-estradas e vias rápidas
  • Túneis
  • Viadutos
  • Passagens pedonais superiores, etc.
  • Sistema de semáforos, com grandes custos, e sinalização.
  • Sistemas de controlo de tráfego, com monitorização por câmaras de vigilância, computador Gerturdes, técnicos, etc.
  • Sistema de informação sobre o trânsito (rádio, tv, online)
  • Rede de parques de estacionamento subterrâneos
  • Rede de estacionamento à superfície e respectivo controlo
  • Forças policias de controlo
  • Estacionamentos nas empresas (compare-se este custo com o custo do duche!!)
  • Rede de garagens para reparação
  • Rede de centros de inspeção de automóveis
  • Escolas de condução
  • Sistema legal para cartas de condução, livretes, matrículas, etc.
  • Seguro automóvel e respetivo sistema legal
  • Rede de distribuição de combustíveis

Claro que isto tudo existiria com menos automóveis mas os custos são proporcionais à sua utilização.

Entre a primeira lista e a segunda, façam as vossas estimativas e pensem em qual será mais custosa e complicada de pôr em prática.

 

*Note-se que isto também se aplica às Mecas da bicicleta: Amesterdão e Copenhaga.

 


No artigo do Público deixado no último post, ficámos a saber que o José Soeiro não está só, já há outra deputada a ir de bicicleta para o Parlamento :)

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