O amor ao desperdício
No último jornal da Quercus temos esta informação interessantíssima, que infelizmente não encontrei na página da ERSE. Diz Francisco Ferreira a propósito da 4ª fonte de energia, a que não se consome:
"A eficiência energética é de facto a forma mais barata de "produzir" energia. Um kWh poupado, de acordo com a ERSE, é dez vezes mais barato que um kWh a ser produzido, inclusive por energias renováveis. (...) A Comissão Europeia identificou um potencial de poupança energética pelo melhoramento da eficiência de 20%."
Esta é a minha crítica habitual à política energética em Portugal: pensa-se em como produzir mais e mais energia, sem sequer pensarmos como podemos usar a que já temos mais eficientemente. É exactamente esta mentalidade que está por detrás da promoção do carro eléctrico. Não nos focamos nos instrumentos que já existem e que são mais baratos (transportes públicos e transportes suaves), mas em como manter e promover o actual paradigma de desperdício.
Posta antiga sobre o mesmo tema: Carros e Eficiência Energética.
Boa notícia em Lisboa: depois de vários contra-tempos provocados pelo PCP e o PSD, o programa de bicicletas públicas de Lisboa voltou a arrancar. Vai agora haver uma negociação directa com os melhores concorrentes para o projecto.