Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Menos Um Carro

Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas

Menos Um Carro

Blog da Mobilidade Sustentável. Pelo ambiente, pelas cidades, pelas pessoas

Freak Show

MC, 12.04.08
Os circos eram em tempos passados famosos pelos seus seres estranhos, anões, gigantes, gémeos siameses, mulheres peludas, etc... que era mostrados como freak show às massas sedentas de fenómenos paranormais.
Numa versão mais moderna, a RTP mostrava hoje à hora de almoço, uma longa reportagem sobre uma velhota algures no meio de Portugal, cuja única particularidade é só ter andado uma vez de carro! E mesmo essa viagem ficou pelos 10 metros. A jornalista, atónita, tentava compreender o porquê de tamanha aberração.
Cheira-me que a nossa absurda sociedade do automóvel é que vai servir de freak show para as gerações futuras.



Post recomendado: Pensar as Cidades | Professor Costa Lobo, no Favacal

10 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 14.04.2008

    Um Dinamarquês se visse a realidade portuguesa de cidadãos que até para irem a dois quarteirões de casa levam carro também os consideraria freaks.Mas como em portugal os Freaks dos carros são a norma, acabam por deixar de ser Freaks e passam a ser uma norma de estupidez e comodismo...
  • Sem imagem de perfil

    Strider 14.04.2008

    Então quem anda de carro é estúpido? Ou só os que se deslocam 2 quarteirões de casa?

    Seja como for é portanto uma nação de estupidos...como diz o outro quem está mal muda-se e se já se mudou digo mais: Não vejo razão para chamar nomes feios aos outros (neste caso os que usam carro), já que não está bem noutro pais...

    Se seguirmos a lógica de chamar estupido a toda a gente que não faz aquilo que nós achamos que é o correcto então mais vale chamar toda a gente estupida porque é sempre fácil encontrar um defeito nos outros...
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 15.04.2008

    "Seja como for é portanto uma nação de estupidos..."
    Se tens dúvidas disso é porque te incluís nesse grupo mais representativo da realidade portuguesa. Por algum motivo temos: uma das capitais mais pequenas da Europa mas a maior rede de auto-estradas à sua volta: um dos melhores climas da Europa mas uma das mais baixas utilizaºões de bicicletas e da deslocação pedonal, e maior profusão de centros comerciais; uma das taxas de leitura e venda de livros mais baixa mas de ^horas a assistir a TV mais altas; alto insucesso escolar e escolas superiores medíocres; e finalmente até elegemos políticos com habilitações forjadas..... E agora digo - e o estúpido sou eu!!!!!! heinnnn!!!
  • Sem imagem de perfil

    Strider 15.04.2008

    Penso que devias parar para pensar um segundo porque normalmente quando se consideram milhões de pessoas "estupidas" e nós como "deuses da verdade"...é porque se calhar (só talvez...um bocadinho...não sei digo eu) estás a ser radical (não admira, este blog é um fórum ideal para você)

    Não há países perfeitos, todos tem coisas que não gostamos...é a vida...se não tás bem muda-te e depois de te mudar deixa de criticar os "estupidos", porque sinceramente não vejo razão para o fazeres já que encontraste um novo paraiso noutro pais e até porque não te fica bem chamar nomes as pessoas...concerteza que existem pessoas que também te poderiam chamar de estupido com algo que fizeste mal (a menos que te consideres mesmo "Deus da verdade"..nunca se sabe!)
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 15.04.2008

    Definição de estúpido:
    estúpido:
    adj. e s. m.,
    falto de inteligência, de juízo ou discernimento; (continua a usar o carro indiscriminadamente apesar da poluíção, tempo perdido no trânsito e custos provocados para si e para a sociedade);
    entorpecido, insensível (insensível ao problema ambiental e de perda de qualidade de vida nas cidades, insensível ao atropelamento constante de peões continuando a conduzir sem respeito pelas regras de trânsito, em especial o limite de velocidade). Como ando na cidade nas várias qualidades - de peão, ciclista e automobilista também, posso garantir que a maioria dos automobilistas e mesmo peões qualificam-se a ser adjectivados desta forma.... Umas perguntinhas entretanto para te auto-classificares: cumpres os limites de velocidade? estacionas bem o carro e pagas o lugar que ocupas? dás passagem e repeitas os que não se deslocam na cidade de automóvel? em trajectos em hora de ponta em que demoras mais de carro do que de transporte público deixas de andar de carro? se tiveres que ir a uma distância menor que 2 km da tua casa fazer qq coisa vais de carro? modificaste a tua frequência de utilização do automóvel face ao problema das alterações climáticas e subida do preço do petróleo ou mantens os hábitos? achas que Lisboa precisa ainda de mais vias rápidas e pontes? quando foi a última vez que andaste de transporte público?

  • Sem imagem de perfil

    Strider 15.04.2008

    1. "continua a usar o carro indiscriminadamente apesar da poluição , tempo perdido no trânsito e custos provocados para si e para a sociedade"



    Se não for de carro para o trabalho, demoro 2 vezes o tempo, vou de pé (porque os transportes estão tão cheios que não consigo sentar). Os custos são mais elevados, mas compensam o tempo e paciência perdida.....e é melhor nem aprofundar o que é andar de transportes no inverno!



    2. "insensível ao problema ambiental, e de perda de qualidade de vida nas cidade" - Isso é válido para quem acredita que a nossa intervenção neste planeta é a causa principal do problema ambiental deste planeta. O meu sacrifício para a sensibilidade ambiental nunca ultrapassa a do bom senso do conforto.



    3. "insensível..." (em geral) não sou invisível , mas acredito num fatalismo do destino da nossa presença neste planeta.



    4. Em outros dos meus "crimes" pessoais..aqui vai:

    a. Em geral cumpro os limites de velocidade, mas por vezes ultrapasso (e ainda estou para encontrar quem diga que não o faça)
    [Error: Irreparable invalid markup ('<br [...] <a>') in entry. Owner must fix manually. Raw contents below.]

    1. "continua a usar o carro indiscriminadamente apesar da poluição , tempo perdido no trânsito e custos provocados para si e para a sociedade"
    <BR>
    <BR>Se não for de carro para o trabalho, demoro 2 vezes o tempo, vou de pé (porque os transportes estão tão cheios que não consigo sentar). Os custos são mais elevados, mas compensam o tempo e paciência perdida.....e é melhor nem aprofundar o que é andar de transportes no inverno!
    <BR>
    <BR>2. "insensível ao problema ambiental, e de perda de qualidade de vida nas cidade" - Isso é válido para quem acredita que a nossa intervenção neste planeta é a causa principal do problema ambiental deste planeta. O meu sacrifício para a sensibilidade ambiental nunca ultrapassa a do bom senso do conforto.
    <BR>
    <BR>3. "insensível..." (em geral) não sou invisível , mas acredito num fatalismo do destino da nossa presença neste planeta.
    <BR>
    <BR>4. Em outros dos meus "crimes" pessoais..aqui vai:
    <BR>a. Em geral cumpro os limites de velocidade, mas por vezes ultrapasso (e ainda estou para encontrar quem diga que não o faça)
    <BR <a="" name="incorrect" class="incorrect">b . Se achar que posso não pago o lugar, se o risco for demasiado grande procuro estacionar correctamente e pago.
    <BR>c. Sim, dou passagem aos peões
    <BR>d. Se o trajecto de transporte publico e o conforto for adequado prefiro sempre do que ir de carro.
    <BR>e. Já me desloquei de carro para trajectos de menos de 2 km...confesso sou preguiçoso ..prenda-me senhor guarda :-)
    <BR <a="" name="incorrect" class="incorrect">f . "modificaste a tua frequência de utilização do automóvel face ao problema das alterações climáticas e subida do preço do petróleo ou manténs os hábitos". Não. A minha posição acerca do aquecimento global acho que já ficou claro anteriormente .
    <BR>g. "achas que Lisboa precisa ainda de mais vias rápidas e pontes". Não sei, o que quero mesmo é uma solução para me poder deslocar do ponto A ao B o mais rapidamente possível sem perder de conta o conforto...muito importante.
    <BR <a="" name="incorrect" class="incorrect">h . Desde que regressei a Portugal há 3 anos) os 2 primeiros desloquei-me de transporte para o trabalho, depois fartei-me e agora venho de carro.
    <BR>
    <BR>Agora um auto-teste para si. Escreva num pedaço de papel quantos "crimes" (leia-se riscos que toma conscientemente para alcançar beneficio proprio ou melhora do seu estar/animo)...se conseguir menos de 10, se calhar é melhor re-avaliar a sua postura....
    <BR>
    <BR>
    <BR>
    <BR>
    <BR>
    <BR>
    <BR>
  • Sem imagem de perfil

    Anónimo 16.04.2008

    "Agora um auto-teste para si. Escreva num pedaço de papel quantos "crimes" (leia-se riscos que toma conscientemente para alcançar beneficio proprio ou melhora do seu estar/animo)..."
    Já escrevi!! Só aparece um no papel - andar de bicicleta e a pé numa cidade cheia de condutores estúpidos e que acham que o código da estrada não se aplica a eles. O meu estilo de vida é o oposto do seu, porque eu optei por um modo de vida menos individualista e materealista. Desloco-me cada vez mais sem ser de automóvel e isso trás-me a mim e á sociedade diversas vantagens - demoro mais mas passei a sair mais cedo (não faz mal a ninguém); tenho mais uns 40 euros por mês no bolso por não os gastar em gasolina (quer dizer metade em gasolina e metade em impostos sobre a gasolina); contribuo para melhorar a qualidade do ar na minha cidade e isso dá-me uma grande satisfação; faço revisões ao carro de 3 em 3 anos e tenho o carro novinho para as esporádicas utilizações que sou obrigado a fazer com ele; cruzo-me com pessoas na rua e interajo com elas sem ser agarrado a uma buzina ou rodeado de vidro e lataria, as deslocações passaram a ser agradáveis e uma experiência em si mesma. Andar de carro é como ver o mundo pela televisão sentado no sofá - andar a pé e de bicicleta é interagir com o mundo que nos rodeia.... Não seja quadrado experimente!!! Ah outra coisa que ajuda imenso a quebrar as regras que a economia de mercado nos obriga a seguir é não vêr televisão nem estar tão exposto a publicidade - fiz isso e passei a encarar os automóveis da mesma forma que encaro o frigorifico na cozinha ou o aspirador de casa - deixou de ser algo que associo ao meu sucesso pessoal, deixou de ser usado pela sua simbologia ou para impressionar os outros, e com o que poupo com essa visão uso para viajar cada vez mais para o estrangeiro (sempre que tenho férias) e só não fico por lá porque os países qie costumo visitar conhecem as fragilidades do sistema de ensino português por isso um trabalhador português parte em desvantagem perante um nacional desses países.
    E por último como você referiu que quando chove não vale a pena andar de transportes públicos, parece-me que o congestionamento na estrada é ainda pior - da última vez que cometi esses erro reparei que os peões andavam mais depressa que os automóveis, parados em fila cada qual com apenas uma pessoa no seu interior (o condutor) - se cada pessoa que entra dos subúrbios em Lisboa para trabalhar vier de carro gostava de lhe perguntar onde irá arranjar espaço para tanta lataria?
  • Sem imagem de perfil

    Strider 16.04.2008

    1. Materialista não liga ao dinheiro quem tem ou deixa de ter. Portanto se é materialista porque se preocupa em ter mais 40 euros no final do mês?!

    2. Como indiquei no meu comentário já experimentei. Morei e trabalhei 2 anos em Bruxelas e depois em Amesterdão e lá não tinha carro e portanto sempre me desloquei de transportes. Lá tinha condições. Morava perto dos transportes, demorava 25 minutos a chegar ao emprego e ia sentado.
    Como disse, no primeiro ano que regressei cá fui e vim de transportes para o trabalho.

    Sou também praticante de BTT à vários anos que é um desporto que adoro.

    E mesmo assim vou (agora) de carro para Lisboa pelas razões que enunciei por me ter fartado das faltas de condição dos transportes públicos no acesso ao meu emprego (e não só).

    Como também disse, no dia em que tiver uma oferta de transportes publico eficiente e confortável mudo novamente. Até lá não vou deixar de levar o carro.
    Isto é aliás o que ando a dizer há vários comentários atrás. Deixar de construir estradas enquanto não melhorarem as alternativas de transporte colectivo, não obrigado. Senão nem de carro, nem de transportes públicos vou. Começo a trabalhar de casa....

    3. Três pontos para terminar:

    a. Já tinha discutido este ponto: Chamar Lataria " a um carro não faz sentido para mim, porque estando dentro de um autocarro ou comboio também é estar enlatado e MUITO mais em hora de ponta!

    b . Nos dias de chuva sim o transito é grande, mas pelos menos posso desviar-me para outro trajecto. Agora, se há coisa que mais me irritava quando andava de transportes públicos (e aconteceu vezes suficiente para perder a paciência ) era ou o Metro/Comboio parava porque alguém se suicidou ou houve avaria ou ameaça de bomba ou era greve!....

    Por isso não tenho grande saudade do carro. E aliás como bem disse para evitar o transito faço o mesmo saio mais cedo de casa o que me permite depois vir mais cedo também (antes da hora de ponta). 30 minutos em vez de 1h10 de trajecto.

    c. Só para que fique claro, não tenho nada contra quem vai de transporte. Força. Agora não desvirtuem a verdade de que o transporte publico é uma alternativa sem defeitos porque é não é verdade.
  • Sem imagem de perfil

    Iskander 17.04.2008

    Desculpe, mas não resisto... Eis outro erro, cada vez mais comum, que consiste em confundir "há" (do verbo haver) com a preposição "à":
    "Sou também praticante de BTT à vários anos que é um desporto que adoro."
    Devia ter escrito:
    "Sou também praticante de BTT há vários anos (...)"
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.